Nem meus sonhos eu domino mais; são tantas coisas que acho
já não ser capaz de ler os sinais. Interpreto tudo como quero e, no fim, me
perco sozinha na estrada, esperando pela mão que nunca toca a minha. Uma
mensagem, um sorriso... é o bastante para que eu me perca em você e crie
estórias tantas na minha mente. Vem o tempo e me prova, por a mais b, que cada
linha que teci nesse conto foi bordada só por mim em devaneios. Eu tento
entender o mundo e as coisas como eles são, entretanto as minhas criações me parecem
sempre tão mais saborosas... e é com elas que me deleito, que enfrento a nua e
crua verdade de que você não me quer, já que é mais fácil viver na ilusão do
que enfrentar o fato de ser colocada sempre na fila das amizades. Sempre que
estamos próximas, eu quero estender minhas mãos e tocar seu rosto, gravar seu
sorriso com o tato e ter sempre uma flor pronta a te entregar ou um poema
piegas – como se eu fosse remotamente capaz de declamá-lo. Ao invés disso, faço
piadas idiotas e brincadeiras sem sentido com as quais pelo menos posso abrir uma
sua risada, dessas que fazem meu mundo tremer. Com a vida e com o tempo,
aprendi lições várias, mas nenhuma se aplica a você, que invade meu
inconsciente como se soubesse os caminhos do meu querer. Enquanto não te tenho
minha, continuo tecendo cenas que, provavelmente, nunca sairão do espaço da
imaginação, mas que me bastam para seguir.

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