sábado, 21 de junho de 2014

Espiral


All but a straight line. Já faz horas que essa frase ressoa em minha mente, indo e vindo entre capítulos de um livro que agora pende sobre a mesa de cabeceira. Tudo menos uma linha reta. É nisso que me pego pensando toda vez que seu rosto estoura como um balão em minha retina, queimando seu sorriso na minha visão. Quantas voltas espiralares terei de dar antes de te dizer que te quero? Quantos braços vou ter de ver ao seu redor antes de entender que você não pode ser minha? Quanto tempo terá de passar? Eu repito a mim mesma todos os dias que você não me quer do modo que eu gostaria, porém, tola, insisto em teimar que há uma chance. Minha vontade é gritar aos quatro ventos o que quero.

Eu quero mesmo é seus lábios nos meus, sua mão na minha e caminhar. Ver, conhecer e me esbaldar no seu sorriso. Eu quero saborear sua alegria e nadar nos seus olhos de mistério. Eu quero brindar cada sua vitória e ninar seus sonhos nos momentos ruins. Quero andar ao seu lado e me dizer sua para quem quiser ouvir.

Mas entre o querer e o ter existe o espaço de um infinito. Entre o desejo e o toque há um milhão de palavras não ditas que nunca chegarão ao seu ouvido. E entre o real e o imaginário, mergulho no mundo dos sonhos onde te tenho para mim.


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