"Eu quero doce, eu quero bala, eu quero mel pra passar na sua cara". Enquanto eu canto isso, Aninha me ri um riso gostoso por eu ter acordado tão feliz hoje. Diz que é pra ser assim sempre. As flores que enfeitam o altar e a luz das velas se mesclam ao cheiro doce e levantam o astral da casa inteira. A alegria grita alto (redundante e retumbante, também), como quem desperta a criança interior, que, agora, não quer mais dormir, quer brincar pela vida. E eu deixo. Deixo que brinque e que traga a doçura e a leveza. Tenho aos poucos aprendido a ser mais assim: mais amor dado de graça e com graça, mais ternura no viver, mais inocência no entender, mais liberdade para voar mais distante. Tirar minha criança interior do castigo que lhe impus por tantos anos fez de mim mais pluma, que vaga no tempo e não deixa as obrigações pesarem sobre os ombros. Deixar a alegria ter seu lugar me mostrou que os medos existem, mas eu não preciso me deixar abater por eles. E o que as crianças têm me ensinado é que o caminho é mais belo, se nos deixarmos ver as coisas com o olhar de novidade e de gratidão que elas possuem. Deixei a criança acordar e quem não quer que ela durma sou eu! Quero mais que eu possa espalhar a sutileza de seu sorriso por onde eu passar, o mel do seu beijo pra quem precisar, a brincadeira do seu carinho pra quebrar as tristezas! Saravá!
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